O DESAFIO DO PERDÃO

    

    Meditação: Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. (Mateus 6:14)

    Pensamento: Só poderemos deixar de perdoar aos outros, quando Cristo deixar de nos perdoar.

    Leitura: Gênesis 45:1-15.

 

    Mensagem: No auge de uma discussão, minha esposa propôs uma idéia teológica notável. Nós estávamos discutindo meus defeitos numa forma impetuosa, quando ela disse: "O surpreendente é que eu perdôo você por algumas coisas covardes que fez!" O que me chamou atenção nesse comentário foi sua percepção penetrante da natureza do perdão. O perdão não é um ideal doce e platônico a ser dispersado no mundo como um spray purificador de ar. O perdão é dolorosamente difícil, e, muito depois que você perdoou, a ferida continua viva na memória. O perdão é um ato não natural e minha esposa estava protestando a rude injustiça desse ato. Uma história de Gênesis retrata esse mesmo sentimento, José, que lutava para perdoar os seus irmãos, viu neles as pessoas que o tiranizavam, planejaram esquemas para matá-lo e o venderam como escravo. Embora tivesse sobrevivido e chegado ao triunfo sobre a adversidade, e embora quisesse agora com todo o seu coração perdoar a esses irmãos, ele não conseguia chegar a este ponto por si mesmo – ainda não. Eu vejo Gênesis 42-45 como a forma de José dizer "O surpreendente é que eu perdôo vocês por algumas coisas covardes que vocês fizeram!" Quando a graça finalmente irrompeu, o som da tristeza e do amor de José ecoou por todo o palácio. Que lamento foi este? Foi o lamento de um homem perdoando.

 

    Fonte: F. Y.