O DIZIMO NÃO É BIBLICO

 

    Pergunta: Pastor Antônio Carlos, gostaria de saber mais a respeito do dízimo. Creio que é bíblico e aplicável aos dias de hoje, porém outro dia ouvi que o dízimo era só para o antigo testamento e que não havia fundamento no novo testamento. Isto está certo?

 

    O dízimo não é bíblico. Ele está na Bíblia, mas no contexto do templo e da antiga aliança. Não há mais templo e a antiga aliança deu lugar à nova aliança no sangue de Cristo.

 

    Sendo assim, sabemos que os crentes do Antigo Testamento contribuíam para a manutenção de uma instituição central para a espiritualidade judaica. Isso significa que havia um princípio no Antigo Testamento de contribuição para uma instituição que visava nutrir espiritualmente a nação. Esse princípio assumia uma forma concreta na entrega do dízimo no templo.

 

    Acontece que, esse princípio, permanece no Novo Testamento, que não fala sobre dízimo para o período posterior à destruição do templo, mas fala sobre crentes enviando ofertas para a manutenção do templo vivo chamado, igreja.

 

    Falar sobre a caducidade do dízimo, sem falar sobre o princípio da contribuição - presente no Antigo Testamento e enfatizado no Novo Testamento -, é ensinar a igreja da nova aliança a ser menos generosa do que a igreja da antiga aliança. Não é admissível que, aquele que ensina sobre o fim do dízimo, o faça para que as pessoas se tornem mais avarentas do que já são.

 

    Como pode permanecer o amor de Deus, sobre a vida de uma pessoa, que sabe que a igreja depende dessas ofertas para sobreviver, e cerra sua mão, deixando que uns poucos fiquem sobrecarregados com a manutenção de trabalho tão essencial para os propósitos de Deus para a vida da humanidade? Através dessa ajuda generosa, pobres são socorridos, ministros podem se preparar para o exercício do ministério sagrado, funcionários são mantidos, missionários sustentados no campo e a própria estrutura física da igreja mantida.

 

    Dar menos do que o dízimo, e viver uma vida inferior a daqueles que não tiveram acesso aos incomparáveis privilégios do crentes pós-morte e ressurreição de Cristo - é trágico sob todos os aspectos. Especialmente quando nos lembramos que, devido às ofertas dos crentes do passado, a mensagem do evangelho chegou até à sua e à minha vida.

 

    Em suma, o dízimo não é bíblico. O que é bíblico é a consagração de tudo o que temos e somos para a glória de Deus.

    Fonte: Genizah

 

    Minha opinião democrática:

    Na época em que Malaquias ensinou a prática do dízimo, não havia meios de transportes automotores e nem de onde pudessem trazer suprimento de alimentos para longos períodos de seca.

    Daí então, o profeta do Senhor instituiu o  mesmo, como forma de armazenar alimentos para o povo nessas eventualidades; muito freqüentes na região desértica do oriente, no contexto em que foi criado.

    Entendo que o dízimo é um fundo social, que não deve ser desviado para as contas bancárias de elementos que estão cada vez mais multiplicando seus patrimônios terrestres; em detrimento dos necessitados.

    Acho que se Malaquias soubesse da corrupção dizimal que está sendo praticada pelos seus gestores e os desdobramentos nos dias atuais, jamais o teria ensinado.

    Pb. Ginaldo Américo dos Santos.